A visita a Fundação Ibere Camargo foi uma experiência válida para compreensão de certos aspectos da construção, os quais geralmente não são percebidos. A precisão e o cuidado no planejamento da edificação ficam evidentes em cada detalhe estrategicamente pensado e executado, por exemplo, a maneira como as entradas de ar condicionado ficam escondidas (até mesmo no auditório, elas são parcialmente escondidas embaixo das cadeiras); e o projeto de todos os móveis e acessórios que fazem parte do local (cadeiras, bancos, placas de localização...)
Banco projetado por Alvaro Siza
No fundo, detalhe que esconde o ar condicionado
Placa de localização
A iluminação do prédio acontece, principalmente, de forma indireta, o que é compreensível pela própria função do mesmo. Há algumas poucas janelas que possuem, primeiramente, uma função artística, seriam 'retratos da paisagem" que cerca a Fundação, mas também servem como fonte luz.
clarabóias: principal fonte de luz natural do museu
janelas: retratos da paisagem local
A composição volumétrica do edifício é notável, uma vez que as saliências e curvas parecem terem sido formadas apartir de um bloco e possuem coesão (as saliências acompanham as curvas). Outro ponto a ser destacado são a linhas que formam a construção, há uma perceptivel continuação em certas áreas.
saliências e curvas: não aparentam ser aleatórias
continuidade das linhas: perceptível mesmo com espaços vazios
O espaço dentro da Fundação é amplo,principalmente no saguão; com muitas curvas e passagens; o que o torna um pouco confuso, às vezes. Existem poucas entradas para visitantes, apenas duas: a entrada envidraçada, a princiapal, e a entrada pelos fundos do museu, destinada à excursões.
detalhe da entrada principal
Pessoalmente, atentei para as "paisagens" criadas pela própria construção, quando do encontro de curvas e linhas retas ou espaços curvos que criavam efeitos.
Segue o registro: